Voltando ao assunto da minha última viagem, descobri mais uma relação matemática que vou compartilhar com vocês. Primeiro foi o cálculo do número de blusas a levar X número de dias a viajar. Durante a viagem descobri que quantos mais anos você tem de idade, você deve viajar menos dias. Eu não sou daquelas que tem saudade da cama, da casa, das plantas ou do cachorro. Sou daquelas que chega no aeroporto de volta já pensando na próxima viagem, observando horários de saída as cias aéreas e fazendo comparações para uso futuro.
Mas com os dias passando, você vai cansando, vai se irritando com o companheiro de viagem, as cidades vão se misturando, as fotos das igrejas não te fazem lembrar o nome delas e por aí vai. Essa foi a mais longa viagem que já fiz (21 dias) e acho que exagerei. Para fazer o que queria fazer tinha que ser esse número de dias; não podia diminuir para não prejudicar tudo que queria ver, mas foi ficando repetitivo.
Enfim, vamos começar pela Rota Romântica na Alemanha. O sentido que todos dizem para fazer é de Wurzburg para o sul acabando em Fussen (Castelo de Schwangau). Eu obedeci e gostei, pois terminar a viagem com a paisagem do castelo e da área fronteiriça com a Suíça é muito bonito.
O legal dessa rota é que ela é formada seguindo pequenas cidades medievais, que resistiram parcial ou totalmente às guerras.
Desembarcamos em Frankfurt com toda a sua modernidade e pegamos um carro para seguir o nosso roteiro. O primeiro choque de realidade foi a A3 (Autobahn). Vou resumir a nossa sensação: você se mantém em uma das faixas do meio e assiste a Audis, Mercedes, Volkaswagens, Volvos passarem por você a 130/140 km por hora no mínimo do seu lado esquerdo. No começo você se assusta, mas depois de 1 hora já considera normal...
Pegando a saída para Wurzburg entramos em um mundo de conto de fadas. Não é à toa que Disney se inspirou nessa rota para desenhar a locação de alguns de seus desenhos. São paisagens e lugares lindíssimos.
Ficamos no Hotel Amberger que tem uma excelente localização. Deixamos o carro em um estacionamento a 500 m do hotel e só o tiramos de lá no dia de ir embora. E ainda tivemos desconto no estacionamento dado pelo hotel. Café da manhã muito bom e staff atencioso. Recomendo com um 3 estrelas superior.
Caminhávamos tranquilamente ao centro histórico e ao Residenz. Era tudo perto, porque as cidades são bem pequenas. Muito legal ver prédios com pinturas nas paredes externas (aliás, essa é uma tônica na região). Poder andar pelas ruas no nosso ritmo, procurando os lugares que havia anotado foi tudo de bom.
Agora tenho que falar do Residenz. Rivaliza com Versailles, mas só que bem menor. As partes que podemos ver são mais ou menos 1/5 do castelo. Mas ficamos encantados. Salas e quartos com mobiliários, pinturas, tetos e lareiras estonteantes. A Capela também é um caso de sentar e admirar. Pena que nada disso pode ser fotografado. Você é gentilmente encaminhado para uma sala com armários com cadeados e orientado a deixar, tudo: celular, bolsas, mochilas, água dentro dos lockers. Pelo menos você pode fotografar os jardins. Não explorei todo, mas fiquei encantada.
À noite, fomos comer em um restaurante que havia escolhido, e não sei se foi porque era nosso primeiro jantar da viagem e estávamos com toda a empolgação pelo que estava por vir, mas comer no Backofelle foi uma experiência daquelas que sempre busco em viagens.
Não tínhamos feito reserva, mas como chegamos cedo, foram muito simpáticos e nos ofereceram uma mesa por 1 h e meia que era o tempo até a próxima reserva. E sobrou tempo porque o atendimento é super eficiente e rápido. Comemos com calma saboreando uma excelente comida acompanhada por um Silvaner (vinho típico da região) e uma cerveja também local. Saímos em estado de graça sentindo que nossa viagem ia ter grandes momentos.
No próximo post conto sobre Rothenburg ob der Tauber e algumas cidades do meio do caminho.
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