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TESOUROS ESCONDIDOS EM BENTO GONÇALVES - parte 2

  • Foto do escritor: Lia Castro
    Lia Castro
  • 9 de ago. de 2018
  • 4 min de leitura

Vamos falar agora de natureza e vinícolas. Não sei se vai caber tudo que quero falar nesse post.



A Serra Gaúcha é um dos lugares mais bonitos que já visitei. Não falo só das rotas e linhas (pequenas estradas) nomeadas como Santa Eulália, Graciema, Leopoldina, Caminhos de Pedra, Vale dos Vinhedos, mas de Garibaldi, Bento Gonçalves, Caxias do Sul e Flores da Cunha, entre outras cidades ligadas ao cultivo do vinho.


Se você gosta de vinho, nem pense em fazer dobradinha com Gramado ou outro destino por perto. Você pode se arrepender pelos dias perdidos não circulando somente por essa região.


A fartura de vinícolas para visitar vai fazê-lo pensar se vale a pena aumentar os dias de viagem. Mas há um limite de degustações por milímetro quadrado do seu fígado. Vá com calma. O pessoal de lá bebe todo dia, mas eles praticamente beberam vinho na mamadeira. Você não vai conseguir acompanhar o ritmo. Aconselho a escolher 2 ou 3 vinícolas que você já tenha bebido seus vinhos, mais 2 ou 3 novas (que já ouviu falar) e 1 de brinde (que pode ser escolhida localmente).


Não esqueça que você não deve deixar também de vivenciar a gastronomia local pelo menos no jantar e sempre harmonizando com...um bom vinho.

Há boas cervejarias na região. Mas hoje eu vim falar de vinho. Em outro post eu comento sobre cervejas.



Entre as vinícolas de primeira linha mais conhecidas (vou misturar vinhos e espumantes), temos: Casa Valduga, Casa Perini, Alma Única, Chandon, Miolo, Dom Laurindo, Cave Geisse e chega... Vou falar apenas das que eu fui. Todas. Não consegui abrir mão de nenhuma. E não me arrependo. São experiências excepcionais. Não só pela degustação, mas pela beleza das instalações, os passeios pelas vindimas e a apresentação dos produtos. Nenhuma é igual à outra.


Como eu disse no outro post, é de se orgulhar escutar uma aula sobre a vitivinicultura e o futuro desse agronegócio da boca de várias gerações. Há degustações ministradas pelos filhos, netos e bisnetos dos pioneiros. Quem fizer essas visitas verá empresas que cresceram mesmo com a adversidade, têm um foco no crescimento e exportam para todo o mundo. Há uma foto da Chandon Passion sendo embalada para o Réveillon do Japão do ano passado. E não posso deixar de me impressionar pela história dos imigrantes. Quando você visita a árvore com buraco embaixo e fica sabendo que quando os primeiros imigrantes chegaram à localidade, não tinham onde dormir. Então uma família adotou o buraco como abrigo até conseguir construir uma casinha. E desse buraco até hoje, construíram uma bela história de força e persistência.


Durante a visita você tem a oportunidade de passear entre morros e paisagens verdes onde a cada curva surge uma casa antiga de madeira ou um parreiral imenso. Mesmo para que não gosta de beber, é um passeio maravilhoso. E todos produzem sucos de uva que nos fazem querer trazer caixas e caixas. A Vistamonte, por exemplo, que por enquanto só produz sucos tinto e branco (sim, suco de uva branco, maravilhoso!) é uma visita imperdível.


Não podemos beber tanto vinho sem falar dos restaurantes que visitamos. Começando pelo Casa Di Paolo, praticamente abaixo do pórtico de Bento abriu os nossos trabalhos gastronômicos com o pé direito. Um rodízio de comida italiana e de carnes que nos deixou felizes (por aproveitar a experiência) e tristes (por ter que recusar várias opções oferecidas). É uma fartura como uma boa mesa italiana deve ser. No mesmo tom, rodízio italiano, temos a Giordani Gastronomia. Que saudades do galeto, aliás de todas as comidas, sempre quentinhas e com reposição imediata. E os ambientes acolhedores não nos fazem querer ir embora, mesmo que não aguentemos comer nem mais uma migalha.


Aliás, não posso falar de Itália sem falar das pizzas. Nesse capítulo, vamos falar do restaurante Pizza entre Vinhos. Foi lá que comi a pizza mais gostosa que já experimentei na vida. Massa fina crocante no ponto, mas os sabores inusitados é que me conquistaram. Experimentei as pizzas de berinjela com cebola roxa e a mais maravilhosa de todas: alho poró com gorgonzola. Já tentei repetir em casa e não chegou nem perto. Não são só os ingredientes, mas a atmosfera, o espaço extremamente agradável, com aquelas estantes ao nosso redor com vinhos disponíveis para nossa escolha, a gentileza dos garçons, nossa, quero voltar.



Outra opção gastronômica são os jantares harmonizados. Só deu tempo de ir a um: do Hotel Dall´Onder Grand. (Vou voltar para experimentar do Hotel Casacurta em Garibaldi). Novamente um ambiente como de um subterrâneo de uma antiga casa de madeira, nos fazendo sentir na cozinha da Nona. Mas a sequência de pratos e vinhos nos levam da adega ao céu. A sommelier nos desafiava a cada prato para descobrirmos sabores e texturas. Foi uma aventura divertida e muito deliciosa.


Bom, depois desse papo todo, só me resta falar mais uma vez que é um destino que recomendo entre os meus top 10 do mundo com muito orgulho.

E por causa disso, os primeiros roteiros de experiências que desenvolvi para o site foram sobre a região. Vejam no site: https://www.unaviagens.com.br/experiencias

 
 
 

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